Encarando a decepção da família
O apoio da família é fundamental para o recomeço da vida acadêmica sem traumas. Apesar disso, diante do cenário de desistência da graduação, muitos pais ficam decepcionados, o que dificulta ainda mais a situação. Quem teve de enfrentar a frustração dos pais quando desistiu do curso escolhido foi Mathias Canuto, 24 anos, que já está no curso de produção fonográfica, na Aeso, depois de passar por publicidade e jornalismo. “Nas minhas duas desistências tive problemas com a minha família. Eles queriam o meu melhor, queriam que tivesse o meu diploma, mas eu entendi que não valia a pena. Sei que perdi tempo e dinheiro, mas se continuasse perderia ainda mais”, afirmou Mathias. Situação diferente é a das irmãs Tainã Araújo, 20, estudante de licenciatura em química, e Samara Araújo, 18, que cursa administração. Como a mãe, Sandra Cavalcante, é psicóloga e o pai, Adenauer Araújo, já passou por experiências de errar a opção da graduação, o ambiente é de apoio, caso as filhas decidam mudar de curso. Após passar por cinco tentativas de graduação e estar hoje estudando ciências sociais, Adenauer Araújo sabe bem a dificuldade de fazer escolhas. “É uma pressão muito grande decidir a profissão a exercer por toda a vida aos 17 anos. Eu nunca fui pressionado pelos meus pais e procuro ter o mesmo procedimento hoje com elas.”