Recifense trabalhou em filmes como A Múmia, Hotel Transilvânia e Blade Runner
Carreira profissional nem sempre foi um assunto fácil para o pernambucano Eduardo Bivar. Antes de integrar a equipe vencedora do Oscar 2018 na categoria “Efeitos Especiais” com o filme “Blade Runner 2049” e ocupar o cargo de Diretor Técnico de Iluminação na SONY, o artista se desapontou com, pelo menos, três profissões. Foi depois do um período atuando na área jurídica que ele decidiu investir naquilo que gostava: cinema (ele conta já assistiu mais de 500 filmes) e computador. Natural de Recife, Eduardo fez cursos de computação gráfica em escolas da cidade, decidiu se inscrever na Lost Boys School of Visual Effects – uma das melhores escolas de efeitos visuais do mundo -, foi aprovado, se planejou financeiramente, viajou para o Canadá (onde mora até hoje), concluiu a formação e, desde então, trabalha em filmes que chamam atenção de crítica e público, a exemplo de Mulher Maravilha, a Múmia, Blade Runner, Aniquilação, e outros.
Durante palestra para os alunos da AESO-Barros Melo, na manhã desta sexta-feira (8), Eduardo Bivar contou que alcançar esse espaço profissional não é algo tão distante, mas requer organização. “O caminho é bem provável, na verdade. Eu vejo muitos de vocês lá. Basta se dedicar, trabalhar, conhecer a área. Da mesma forma que aconteceu para mim, pode acontecer para vocês”, aponta.
Maior parte da trajetória de Bivar foi como compositor de cenas. Segundo ele, composição é a arte de combinar digitalmente múltiplas imagens de diferentes fontes, como fotografias, imagens de vídeo, pinturas ou imagens geradas por computador. “Na composição podemos misturar esses elementos juntos de tal forma que parecem terem sido gravados em conjunto com a mesma câmera, no mesmo momento, sob as mesmas luzes. Quando um compositor faz o seu trabalho bem feito, ninguém percebe que o que eles estão olhando é uma combinação de elementos”, esclarece.
Além de questões técnicas, o artista também falou sobre os detalhes da rotina nos estúdios de cinema, relação com outros profissionais, questões de visto e moradia no exterior, dinâmica de trabalho, contratos, premiações, etc. “Foi muito boa a troca com os alunos. Eles viam o trabalho em produções internacionais como algo surreal e eu dei a chance de fazê-los perceber que é possível. Acho que eles estão empolgados e no caminho certo”, comentou sobre o Encontro de Cinema com os alunos da AESO-Barros Melo.
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