Criatividade sempre foi o forte de Jairo Marques, egresso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), hoje Centro Universitário AESO-Barros Melo (UNIAESO). O profissional, de 26 anos, é Diretor Executivo da Galo Comunicação, empresa fundada por ele há cinco anos. No início do negócio, ele se desdobrou para executar todas as funções que cabem a uma agência de Publicidade. Foi diretor de arte, mídia, social media, planejamento, redator e atendimento. Atualmente, se dedica a algo que ama: produção, gerenciamento artístico e assessoria. Entre as clientes atendidas, está a digital influencer, bailarina e cantora de brega, Dani Costa. O Brega, aliás, foi um dos grandes impulsionadores da carreira do ex-aluno.
O TCC do então estudante, concluinte do segundo semestre de 2015, foi sobre o ritmo pernambucano. Com orientação da professora Izabela Domingues, coordenadora do curso à época, Jairo desenvolveu o projeto “O Universo do Brega: Cultura, Hábitos e Consumo”. “Para muitos, o trabalho de conclusão é um desafio complexo e cansativo. Para mim, foi uma experiência incrível”, afirma. O publicitário sempre apostou na temática musical e resolveu se basear em três marcos para desenvolver a monografia.
“O processo de criação começou pelo marco teórico, em que abordei conceitos sobre a cultura do consumo, hábitos de classes e estilos de vida, cenas culturais e estética do Brega. Usei como referência sociólogos e pesquisadores da Cena Brega, como Thiago Soares e Fernando Fontanella”, conta. O segundo marco foi a metodologia, com experiências etnográficas. Como morador do bairro Sapucaia, no subúrbio olindense, Jairo usou o local como campus de desenvolvimento do conteúdo. “Abordei toda a forma de consumo que é feita nas periferias através do movimento brega. Hábitos de comportamento, de comunicação e de expressões simbólicas, que conectavam a parcela da população estudada com o Brega”, detalha.
A repercussão foi bastante positiva. “Falar do Brega desperta curiosidade e polêmica. A cena já foi taxada como exótica, e é rejeitada por uma parte da sociedade, mas venceu preconceitos e tornou-se pauta social”, aponta. Para ele, as vivências possibilitadas pelo curso foram essenciais para a realização profissional. “Eu não seria um terço do profissional que sou hoje sem a AESO. Destaco as oportunidades que tive de executar atividades em campo, com fotografia, audiovisual, moda, política, design, etc. O curso foi decisivo para a minha carreira”, afirma.
O início da jornada foi repleto de desafios. Jairo havia acabado de se formar quando abriu a própria empresa. A experiências anteriores eram em atendimento ao público. “Recebi diversas negativas, mas não desisti. Montei meu próprio modelo de negócio e comecei a agenciar diversas empresas em Olinda e Recife, sempre promovendo a comunicação desses clientes através de campanhas publicitárias, mídias sociais e outras ações publicitárias. Na cartela de clientes da agência, já passaram digitais influencers, pizzaria, restaurante, papelaria, ótica, agência de viagem, Pet shop, academias, clínicas médicas, advogados e outros”, comemora.