O consultório médico poderia ser o destino de Juliana Gomes todos os dias ao invés das festas, shows, desfiles, coletivas, aniversários e cerimônias solenes. Isso se ela não tivesse levado em conta um gosto infantil pelo Jornal Nacional, e optado por trocar o curso de Odontologia na Universidade de Pernambuco (UPE), em 2015, pelo de Jornalismo nas Faculdades Integradas Barros Melo (AESO). Hoje, a repórter da coluna Persona e do Site Roberta Jungamnn, da Folha de Pernambuco, circula entre os eventos mais badalados no Estado, cobrindo notícias quentes de diversos segmentos.
“Eu sempre digo que eu não escolhi coluna social, ela que me escolheu”, ressalta. Isso desde que começou a trabalhar na área. Porque, antes de ingressar na faculdade, a história era outra.
“Eu nunca havia nem pensado em estudar comunicação. Sempre quis fazer algo na área de saúde, mas nunca estive 100% com essa escolha. Aí, um belo dia, minha mãe, que sempre ficou surpresa por eu gostar do Jornal Nacional desde cinco anos de idade (eu amava o noticiário), perguntou por que eu não tentava jornalismo. Foi quando comecei a pensar no curso”, relembra.
A rádio seria a primeira opção de trabalho da jovem de 22 anos, pois ela gostava da magia da conversa, do ao vivo e do imediatismo. Contudo, no início de 2017, em meio às prévias de Carnaval, Juliana foi chamada para um teste de estágio na Folha de Pernambuco. A missão era cobrir os eventos da época. A estudante se deu bem e ficou com a vaga da coluna social. “Errei muito no início, mas foi só assim que aprendi as coisas duras do jornalismo. E mesmo com esses “pesares”, eu passei a amar o meu dia a dia: as pautas externas, escrever notas, dar furos, apurar”, conta.
A aprovação pelo desempenho de Juliana aconteceu e, assim que se formou, a ex-aluna da AESO-Barros Melo foi contratada para integrar a equipe profissional de Roberta Jungmann, uma das colunistas sociais mais renomadas do meio.
“Eu enxergo a coluna social tão importante quanto qualquer outra editoria de um jornal. Nesta função, eu aprendo não só sobre festas e “pessoas importantes”, como todo mundo pensa. A gente se envolve com política, gastronomia, cultura. É como se fosse tudo dentro de uma coisa só, com um olhar diferente”, conta.
A experiência da jornalista na área tem sido a melhor possível. “Eu não tenho do que reclamar. Em pouquíssimo tempo, eu posso dizer que tenho muita coisa na bagagem. Uma delas é ter ido cobrir Rock in Rio. Acho que isso está no topo dos melhores momentos da minha curta carreira”, celebra. Juliana viajou a trabalho para o festival, no Rio de Janeiro, ainda enquanto era estagiária, e aponta o fato como decisivo para saber que havia se encontrado em uma função.
Os planos dela são crescer no meio. “Espelho-me bastante na profissional que é minha chefe e no tanto de experiência que ela tem. Ela já passou por todos os veículos e isso é uma das coisas que quero pra mim. Infelizmente, o jornal impresso está morrendo, mas eu creio que nossa profissão não morre, ela só se reinventa”, conclui.