Filmes internacionais em exibição gratuita na AESO-Barros Melo

O cinema alemão passou por uma época sombria, igualmente a sua nação. O muro de Berlim, que exercia o papel de barreira física, extrapolou o sentido literal despedaçando não apenas o espaço concreto, mas também o da cinematografia. Esse é o enredo do filme, “Aguirre, a Cólera dos Deuses”, exibido no dia 10 de novembro, nas Faculdades Integradas Barros Melo-AESO, dentro da programação do Cineclube Jairo Ferreira. A iniciativa tem o objetivo de incentivar nos alunos e participantes a discussão e o amplo conhecimento de diferentes obras da sétima arte. O evento conta com a exibição de filmes e debates pautados por noções plurais e democráticas a partir das obras. As reproduções acontecem no Cineteatro da Instituição, semanalmente nas quintas-feiras, às 11h.

 Inaugurado em abril deste ano na instituição, o Cineclube foi fundado com o objetivo de trazer para os alunos e público em geral a exibição de obras nacionais bem como estrangeiras que tiveram alguma influência na cinematografia brasileira. “É uma iniciativa fundamental na formação de público no âmbito acadêmico, e externo, servindo como uma introdução ao gigantesco universo da cinematografia nacional, antiga, e recente”, comenta Paolo Gregori, coordenador do evento e também do curso de Cinema e Audiovisual da AESO-Barros Melo.

 Eram 66,5 km de extensão que dividiam um espaço físico de uma nação marcada pelo autoritarismo. As 302 torres ajudavam a separar em duas partes, uma só cultura, um só povo. Dessa forma, as obras cinematográficas eram produzidas também de formas distintas, divergindo temáticas, linguagens e estética.   “Aguirre, a Cólera dos Deuses” foi lançado na Alemanha Ocidental em 1972, quando o muro ainda estava de pé. Dirigido por Werner Herzog, relata uma história de 1541, é baseado em fatos históricos que contam a história da expedição de conquistadores espanhóis em busca do El Dorado, uma lendária cidade de ouro.